domingo, 29 de abril de 2012

Sobre escrever...


Escrever, para mim, é muito mais que um prazer, é uma necessidade! Uma necessidade incontrolável de expressar o que eu sinto e o que eu penso, mas que, infelizmente, nem sempre é interpretado como eu gostaria, pois quem lê, sempre agrega os seus próprios conceitos e suas experiências ao que está lendo, o que, muitas vezes, pode distorcer a ideia inicial do autor... Mas entendo que isso é inevitável, por isso, aceito. E já me sinto feliz quando sou lida! E muito mais, quando recebo um comentário, um questionamento ou uma crítica, o que significa que o meu objetivo principal foi atingido, provocar uma reflexão.

Escrever, para mim, é um exercício de autoconhecimento, pois sempre me surpreendo com o conteúdo final do texto e me questiono de onde tirei tudo aquilo, pois ao começar, muitas vezes, tenho apenas o tema que pretendo desenvolver, mas ainda não tenho ideia de onde ele vai parar... Basta começar a escrever para o texto criar vida própria, o que é surpreendente!

Escrever, para mim, é a melhor expressão de liberdade! Nem sempre posso dizer tudo o que penso, mas sempre poderei escrever aquilo que gostaria de dizer... Muitas vezes, posso não ter a oportunidade de ser lida, mas só de escrever já me sinto aliviada, como se tivesse tirado de dentro de mim algo que, de alguma maneira, me incomodava... Como se aquelas palavras escritas no papel, ou mesmo na tela do computador, tivessem o poder de tirar um peso das minhas costas!

Escrever, para mim, é uma maneira de procurar no mundo da fantasia algo que me falta no mundo real, pois ao escrever tenho toda a liberdade de criar uma história como eu gostaria que ela fosse, porque não há limites no mundo das palavras! Posso dar asas a minha imaginação e viajar por mundos imaginários, como fez Lobato, o Reino Encantado... Posso também criar histórias que eu jamais viveria, mas que poderão me divertir ao inventá-las e agradar aos meus leitores.

Escrever, para mim, é uma forma de registrar meus pensamentos e de me manter viva na memória das pessoas, estando eu aqui ou não... As palavras têm poder! Quando ditas, podem não ser ouvidas, e se repetidas, podem não sair iguais... Mas quando escritas ficam registradas, podendo ser relidas diversas vezes até serem memorizadas e não perdidas ao vento.

Escrever, para mim, é registrar fatos importantes que merecem ser relembrados, seja por saudade de um momento bom que passou, ou como exemplo de outros que não devo repetir, ou simplesmente para registrar um pensamento, um acontecimento, uma fase, que um dia completarão a história da minha vida.

Escrever, para mim, pode ser uma prova de tudo o que vivi e que foi importante na minha vida se um dia vier a sofrer de uma amnésia ou de lapsos de memória... O que pode acontecer com qualquer um, de uma hora para outra.

Escrever, para mim, é trilhar por um caminho a procura daquilo que ainda não encontrei, é buscar dentro de mim esclarecimentos para minha vida... Por isso, como dizia Clarice Lispector, “enquanto eu tiver dúvidas e não houver respostas, continuarei a escrever"! 


sábado, 21 de abril de 2012

Falta de foco e interesse das pessoas


Semana passada eu não escrevi no Tangram porque estava viajando, então, não tive tempo. Às vezes, é bom sair um pouquinho do interior e ver o que está acontecendo na capital paulista. Revisitei o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, e fui conhecer o Museu do Futebol, no Pacaembu, além de assistir a uma peça teatral, Toc Toc, divertidíssima, no Teatro Gazeta, localizado à  Avenida Paulista, que é uma atração à parte.

Bem, resolvi escrever sobre isso, não para contar sobre os acervos dos museus ou a história da peça, porque isso cada um tem uma impressão (só posso afirmar que ambos valem à pena e sugerir que você também vá até lá para conferir), mas para levantar uma reflexão sobre uma situação que eu presenciei no Museu da Língua Portuguesa e que me chamou muita atenção! A falta de foco e de interesse das pessoas! Por que algumas pessoas fazem as coisas condicionadas pelas outras, sem o menor interesse naquilo? Em uma cidade como São Paulo, com tantas opções e atrações para todos os gostos, por que uma pessoa se dá ao trabalho de visitar um museu se não tem a menor afinidade com o seu acervo?

Vou contar o que houve para que você possa entender a situação. No 3º pavimento do Museu da Língua Portuguesa, tem um auditório onde é passado um filme sobre a origem da Língua Portuguesa falada no Brasil, logo em seguida, em outro ambiente, uma apresentação multimídia complementa o filme assistido na antessala. E quando você saí desta sala, passa por um corredor com as principais frases, que viu lá dentro, escritas na parede, entre trechos de livros e poesias de grandes escritores da nossa Língua Portuguesa, como Clarice Lispector, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, entre tantos outros. E antes mesmo de assistir ao filme eu fiquei um bom tempo ali, lendo aquela parede e apreciando tudo aquilo, afinal, se fui visitar um museu que conta a história da Língua Portuguesa, que retrata a história de um povo e as influências deste povo no desenvolvimento de uma língua, é porque, no mínimo, gosto de ler... Certo? Então, e foi neste momento que apareceram três rapazes curiosos, fuçando tudo, mas pelo jeito sem o menor interesse pelo o que estava sendo apresentado, pois, um deles, ao entrar neste corredor, deu uma breve olhada ao redor e voltou dizendo aos seus amigos: “Voltem, aqui não tem nada”.

Eu fiquei pasma com o comentário daquele infeliz... Como assim, “aqui não tem nada”?? O que ele esperava ver no Museu da Língua Portuguesa?? Acho que ele não entendeu nada... E eu não entendi o que ele estava fazendo ali.

Não somos obrigados a saber tudo, ou entender tudo. Mas devemos ter foco e interesse pelas coisas que nos dispomos a conhecer! O que adianta visitar museus sem nos interessarmos por seus acervos, ler diversos livros e não entender os seus conteúdos, assistir ao noticiário na TV e não ter uma visão crítica para entender o que se passa no mundo, deixando-se manipular pela mídia e pelos conceitos prontos? E isso não acontece apenas com os aspectos culturais, mas também em nosso dia a dia! Quantas vezes conversamos com pessoas que parecem estar nos ouvindo, mas que na verdade não prestam atenção em nada que falamos, que interrompem a nossa fala para mudar completamente o assunto como se o que estávamos falando não tivesse a menor importância? E outras que executam o seu trabalho sem se preocupar com a influência da sua atividade para o desempenho da empresa, como se fossem meras máquinas? Reconhecemos essas pessoas quando questionamos seus afazeres e elas respondem: “Não sei... sempre foi assim”! Pessoas como essas são incapazes de mudar, de tentar fazer diferente, de inovar, ficam estagnadas, acomodadas, não saem do lugar, porque não se interessam por nada que acontece a sua volta.

Para tudo é necessário ter foco, interesse e comprometimento, seja no trabalho, no meio social, nas relações pessoais e com a própria vida. No mundo globalizado em que vivemos, precisamos ter noção do todo e saber qual é o nosso lugar, a nossa importância para a contribuição desta grande engrenagem, onde cada um tem a sua função, necessária para o funcionamento da máquina. E o sentimento de pertencer a algo só acontece quando reconhecemos a nossa posição nisso tudo. Mas para que isso aconteça, precisamos ter interesse pelas coisas, pelas pessoas e pelo mundo a nossa volta, conhecer bem a nós mesmos e aos nossos interesses, ter foco e determinação para seguir em frente e atingir os nossos objetivos, realizar nossos sonhos e ser feliz! E jamais perder este foco! Porque ser feliz depende da nossa evolução, que é a nossa principal missão nesta vida, mas que só acontece quando temos interesse e foco neste objetivo!


domingo, 8 de abril de 2012

Renascimento

Em um domingo de Páscoa nada mais conveniente que falar de renascimento, não é mesmo? E não me refiro especificamente à passagem bíblica que marca a ressurreição de Cristo, nem ao período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, que ficou marcado por grandes transformações na história da humanidade, tanto sociais, quanto culturais, religiosas, como políticas e econômicas, mas e especialmente, ao nosso próprio renascimento que acontece todas as manhãs e que, muitas vezes, passam despercebidos...

Renascemos todas as manhãs após uma longa noite de sono, renascemos todos os dias quando superamos uma dificuldade, seja ela profissional, social, financeira, pessoal ou emocional, renascemos sempre que vencemos os nossos próprios medos, nossas dúvidas e inseguranças, renascemos cada vez que nos superamos, renascemos sempre que enfrentamos as adversidades da vida!

Vivemos um eterno ciclo de morte e vida, assim como a natureza, que está sempre se renovando! Nós, homens, também passamos por renovações, mas nem sempre estamos atentos a elas. Renascer significar nascer de novo, que na prática podemos dizer começar do zero, acreditar na vida, seguir em frente, não desistir na primeira dificuldade, ter força e esperança para tentar de novo, de uma maneira diferente, corrigindo os erros cometidos no passado e acreditando no sonho, se jogando, se arriscando, lutando e vivendo!

É preciso acreditar na vida, renascer para o novo todos os dias! Jesus morreu na cruz porque acreditava no Pai e no amor que tinha por nós, sabia que a sua morte não seria o fim e que em breve “renasceria” (através da ressurreição) para fortalecer a fé do seu povo.

Nós também precisamos acreditar no renascimento, independentemente de religião ou de filosofia de vida, é preciso acreditar no próprio renascimento, na nossa capacidade de renovação, de aprendizado e de evolução. Não podemos parar... Porque o tempo não para! Porque a vida não para! É preciso seguir em frente!

Neste domingo de Páscoa, abra uma nova passagem em sua vida, deixe para trás aquilo que não te serve mais, liberte-se, aceite o novo, mude, transforme a sua vida, renasça e seja feliz!

Boa Páscoa a todos!

domingo, 1 de abril de 2012

Pequenas coisas da vida...

Hoje acordei recebendo uma mensagem que me deixou imensamente feliz! E neste momento sabia que esta sensação de felicidade permaneceria pelo resto do meu dia. Porém, logo depois, ocorreu um fato isolado que me aborreceu bastante... Mas como havia decidido que o meu dia seria feliz, me apeguei ao motivo que me alegrou pela manhã para não estragar o meu domingo, o que funcionou perfeitamente! Eu me desliguei do mundo, terminei meus afazeres, dormi bastante, descansei e acordei bem!

Para mim, domingo é um dia especial, dia de relaxar e descansar, mas que também pode ser utilizado para um belo passeio em família saindo para almoçar, para encontrar os amigos no fim de tarde para tomar um café em um lugar aconchegante, ou simplesmente para ficar em casa descansando, renovando as energias para a próxima semana, e refletindo, pois afinal, domingo é dia de escrever para o Tangram, o que exige muita reflexão.

E ao acordar depois de tudo o que me aconteceu hoje, fiquei refletindo sobre a felicidade que todos nós buscamos, mas que nem sempre encontramos, porque não nos damos conta de que ela está presente nas pequenas coisas da vida e não aos grandes acontecimentos, como muitas vezes pensamos... A vida é feita de pequenas coisas, pequenos momentos que com o tempo se juntam formando ciclos, que ao final formarão a história da nossa vida, como um quebra cabeças, onde pequenas peças se encaixam formando uma imagem, assim como um tangram, que forma uma figura, ou no caso deste blog, forma novas ideias...

Então, analisando o comportamento que eu tive hoje, quando, mesmo em um momento de crise, consegui valorizar as pequenas coisas da vida, que me deixam feliz, ao invés de potencializar aquilo que estava me entristecendo, escolhi a felicidade, e não a tristeza. Assim, percebi que esta fórmula pode ser usada durante toda a nossa vida para nos mantermos sempre felizes, independentemente dos problemas do dia a dia, e para que isso aconteça, basta estarmos atentos aos pequenos detalhes, que muitas vezes, são esquecidos porque passamos a dar mais importância aos aborrecimentos do que as coisas que nos alegraram antes...

Ser feliz é uma questão de escolha! Sabemos que a vida não é fácil, que encontraremos sempre muitos obstáculos, mas que também são esses obstáculos que nos levarão ao aprendizado e ao nosso crescimento. Só não podemos permitir que esses obstáculos bloqueiem os nossos caminhos, nos impedindo de seguir em frente e, principalmente, de ser feliz! Como diz Roberto Carlos, “é preciso saber viver”, valorizar as pequenas coisas da vida, nos apegar a elas e escolher ser feliz todos os dias!


A seguir, um vídeo que complementa exatamente, com a música e as imagens, o que eu quis dizer neste post! Não deixe de assistir!