quinta-feira, 3 de novembro de 2022

2° turno

 Todo mundo que me conhece bem ou que simplesmente me segue nas redes sociais sabe que não costumo discutir política ou publicar minhas opiniões a respeito. Tenho esta conduta não por "ficar em cima do muro" ou ser alienada, como muitos me julgam, mas porque respeito a opinião e a escolha de cada um, porque ainda vivemos numa democracia e temos o direito de acreditar naquilo que faz mais sentido para a gente.


Em 2018, eu aprendi que independente da nossa escolha, sempre seremos julgados e deixaremos de agradar alguns... Se eu dizia que não votaria no Haddad, achavam que eu apoiava o Bolsonaro e vice-versa... Se eu dizia que não aprovava nenhum dos dois e que votaria em Branco, diziam que eu estava me omitindo, não que eu estava declarando minha insatisfação com ambos... Se eu dissesse que não tinha mais vontade de votar, diriam que se eu não votasse não estaria cumprindo a minha cidadania... Enfim, entendi que é impossível agradar a todos. Mas a democracia nos garante o direito ao voto secreto. E assim resolvi me calar de vez. Mas, mesmo assim, 4 anos se passaram e as pessoas questionam, querem saber a minha opinião, porque este é o assunto do momento, só se fala em política nas mesas de bar, nos grupos de WhatsApp, nas redes sociais, na televisão, nas rádios, em todos os lugares...  E se ainda temos esta liberdade de expressão e a oportunidade de discutirmos sobre tudo é porque ainda vivemos num país livre e num regime democrático, o que eu prezo muito e não quero perder.

Então, o que eu posso afirmar é que eu gostaria muito de ter uma terceira opção, pois não queria ter que escolher entre esses dois... Mas, infelizmente,  não temos. Sei também que eu não sou a única nesta insatisfação,  como podemos ver nas pesquisas, o número de eleitores indecisos, e constatar no resultado das apurações do 1° turno, a quantidade de votos inválidos e de abstenções. Mas, chegou a hora de decidir, não entre os dois candidatos,  mas sobre o que eu quero e o que eu não quero, para mim e para o meu país. Assim, a opção foi escolher entre a Direita e a Esquerda, entre o que eu acredito ser melhor e pior para o Brasil, entre a Democracia e a Repressão, entre a possibilidade de um futuro mais próspero ou mais decadente... E quer saber como cheguei a esta conclusão? Observando a situação dos demais países da América Latina e decidindo pelo o que eu não quero, ver o meu país se tornar uma Venezuela, com tantos refugiados buscando um futuro melhor longe de sua terra natal...

Que venha o dia 30! E que Deus abençoe a todos nós e ao futuro do Brasil!

☆☆☆

Texto escrito dia 26/10/2022...  Não publiquei na ocasião, mas resolvi registrar agora...