segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As três palavrinhas mágicas...

EU TE AMO

EU = pronome pessoal, 1ª pessoa do singular do caso reto
TE = pronome pessoal, 2ª pessoa do singular do caso oblíquo
AMO = verbo amar, na 1ª pessoa do presente do indicativo

Simples, não é? Então por que, para muitas pessoas, é tão difícil dizê-las?

Sou do tempo em que para dizer esta frase a alguém era necessário ter certeza do sentimento e da responsabilidade pelo compromisso assumido. E não falo do compromisso do relacionamento, da fidelidade, nada disso. Falo do compromisso de assumir um sentimento verdadeiro, sendo ele correspondido ou não. Falar EU TE AMO, muitas vezes pode ser tão difícil para quem diz como para quem ouve. Saber que é amado por alguém também exige uma certa responsabilidade que envolve respeito pelo outro que o ama. Como diz o sábio Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Ao ler recentes twetts de Gikovate, um deles me fez parar para pensar no assunto: “Adoramos ouvir "eu te amo". Porém, não convém avaliar a qualidade e intensidade do sentimento por palavras: elas saem fácil de certas bocas!”
Nada mais verdadeiro! Como os falsos profetas, existem os falsos amantes, que se dizem apaixonados e saem declarando amor apenas para iludir e conquistar... Dizer é fácil, comprovar que é difícil. Na “utopia do amor perfeito”, usando o título do post do Alexandre, as novas gerações banalizaram o EU TE AMO... As pessoas mal se conhecem e já começam a declarar as três palavrinhas como se tivessem encontrado o grande amor da sua vida! Isso acontece muito entre os jovens inexperientes, que ainda não sabem identificar um sentimento verdadeiro, e nos relacionamentos virtuais, onde tudo acontece muito rápido, com grande intensidade, mas, na maioria das vezes, acaba do mesmo jeito. As conquistas estão muito rápidas e os relacionamentos descartáveis.

Por outro lado, os tabus estão sendo quebrados e as pessoas estão aprendendo a lidar melhor com os sentimentos e também a demonstrá-los. Hoje, os pais dizem aos seus filhos que os amam, e vice-versa, os amigos também declaram o amor (de uma verdadeira amizade) que sentem uns pelos outros. Antigamente, EU TE AMO era dito apenas entre os casais.

Mesmo assim, ainda há pessoas que têm dificuldades em dizer EU TE AMO. Pessoas que preferem escrever a pronunciar, ou optam por dizê-las em outro idioma, como se assim diminuíssem o peso do compromisso. Ou ainda há aquelas que simplesmente não dizem de maneira nenhuma, mesmo tendo vontade ou sabendo que poderiam dizer com sinceridade. O que as impedem de dizer? Na minha opinião, acho que é o receio de afastar o outro ao invés de aproximá-lo, a insegurança por não ter uma relação consolidada e até mesmo as consequências desta declaração, que poderá criar expectativas, muitas vezes difíceis de serem correspondidas. No entanto, muitas dessas pessoas, mesmo não dizendo, amam verdadeiramente! Para outras, é muito difícil dar aquilo que nunca receberam, e isso inclui amor, afeto e carinho.  Como diz um amigo meu, é preciso saber ler nas entrelinhas: observar os gestos, as atitudes, o carinho, o olhar, que muitas vezes dizem muito mais que essas três palavras!

Para mim, ambas as situações são importantes. Não basta só ouvir. Eu preciso sentir que as palavras são verdadeiras através das atitudes. Mas eu também preciso ouvir! É como se uma coisa complementasse a outra. Ouvir alguém nos dizer, sinceramente, EU TE AMO, é um momento mágico que jamais esquecemos!

Não pensem que escolhi falar sobre isso por ser uma questão fácil para mim. Não é. Dizer EU TE AMO, na minha opinião, é muito sério! Tanto que para as pessoas que mais amo neste mundo é muito mais difícil dizer! Para alguns, eu digo na base da brincadeira (mesmo sendo profundamente sincera), para outros, apenas escrevo (por email, em cartões, no meu blog pessoal etc), para alguns, digo com simplicidade... Para quem eu mais queria dizer, ainda não consegui... Agora, escrevendo isso, percebi que a minha dificuldade em dizer EU TE AMO a essas pessoas vem da dificuldade com que elas também sentem em expressar os seus sentimentos. Já para as pessoas que tratam o assunto com naturalidade, acaba rolando espontaneamente, sem crises.

Observe que quanto maior o amor, maiores são as responsabilidades e as dificuldades de expressar este sentimento. E é justamente nesses casos que devemos lutar para superar esses obstáculos e demonstrar o que sentimos. A vida é curta, os anos passam depressa, as coisas mudam, as pessoas passam pela nossa vida e nem sempre ficam por muito tempo. Não devemos perder as oportunidades, pois ninguém pode nos garantir que teremos outra chance... Aprendi isso há muitos anos, da pior maneira possível, quando uma pessoa que eu amava muito morreu sem jamais ter ouvido essas palavras da minha boca, e também sem nunca tê-las me dito. Por isso, hoje luto para superar minhas dificuldades e não cometer o mesmo erro novamente.

Concluindo, o amor está no ar, pronto para ser vivido! E como já disse em outra ocasião, as emoções devem ser vividas e os sentimentos demonstrados, pois de nada vale pensar e não falar, sentir e não demonstrar, querer e não fazer, passar pela vida e não viver, viver e não ser feliz!
Desejo que você ame muito! E declare este amor!!

E para você, qual a magia destas três palavrinhas? Me conte!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De ilusão também se vive...

As pessoas costumam dizer que temos que ser realistas e ter os pés no chão. Concordo que em muitos momentos isso é necessário, principalmente quando precisamos tomar decisões. Porém, quanto mais realistas, mais céticos nos tornamos, e ao chegarmos neste ponto, ficamos chatos, questionadores, sempre duvidando das coisas e das pessoas, a vida perde a graça e o mundo fica mais frio. Por isso, não podemos perder de vez as ilusões, pois são elas que nos inspiram e dão um colorido especial em nossas vidas.

Quando perdemos as ilusões, perdemos com ela a esperança, a poesia e o encantamento pela vida. Sem ilusões, perdemos o brilho, a vontade de lutar e a força de seguir em frente, deixando assim de atingir muitos dos nossos objetivos.

Viver apenas de ilusão e não fazer nada para que as coisas aconteçam não são os melhores caminhos, precisamos ter atitude e colocar a mão na massa para que as nossas metas sejam alcançadas e os nossos sonhos concretizados. Mas já conheci muitas pessoas que vivem de ilusão, criam um mundo imaginário, acreditando nele de uma maneira surpreendente! A gente sabe que aquilo não é real, mas elas afirmam ser! E são felizes assim, pois aquilo passou a ser uma verdade para elas! E quanto à verdade de cada um, devemos respeitar, pois muitas vezes é mais fácil viver uma ilusão do que enfrentar uma dura realidade! Cada indivíduo tem o direito de ser como quiser e de acreditar no que bem entender. Afinal, “somos todos livres para fazer o que quisermos fazer”, como diz Richard Bach.

O ideal é sempre buscar o equilíbrio na vida, mas sei o quanto é difícil chegar até ele! Eu mesma não me considero uma pessoa muito equilibrada... rs. Acho que estou bem longe disso em vários aspectos, muitas vezes sou mais de extremos, gosto ou não gosto, quero ou não quero, vou ou não vou, creio ou não creio, e pronto! Mas sei que preciso mudar, pois ser radical muitas vezes é prejudicial.

Também não devemos acreditar em tudo sem questionar, mas não precisamos ser como São Tomé, que tudo tem que ver para crer, afinal, não vemos as radiações eletromagnéticas, mas ouvimos as músicas no rádio, vemos as imagens na televisão e conversamos pelo celular, não é?

Então é isso o que eu quero dizer, não perca a ilusão! Mas não questione tanto... Acredite na vida! Acredite em você! Como diz Richard Bach, em seu livro, Ilusões, “Imagine o universo belo, justo e perfeito, e então, tenha certeza de uma coisa: o Ser o imaginou bastante melhor do que você”. Não perca tempo tentando entender tudo, discutindo e tentando provar as coisas, em muitos momentos, podemos ser muito mais felizes sem questionamentos, simplesmente acreditando nos fatos a partir do que é verdadeiro para nós mesmos. Acredite na sua verdade, ela já basta para você ser feliz!

E lembre-se de Shakespeare, “Há mais coisas entre o Céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia”.

sábado, 15 de janeiro de 2011

7 Anões: Zangado

Falar dos 7 Anões? Que coisa mais chata! Não teria assunto melhor e mais interessante para se discutir neste blog?

Pesquisando a história dos 7 anões e, em especial, do Zangado, esta poderia ser bem uma frase dele... rs. Confesso que a principio, pensei a mesma coisa... Mas comparando este conto de fadas com os dias de hoje, notei que podemos tirar desta história uma lição de como aprender a viver com as diversidades e a lidar com as nossas emoções.

Na história, percebemos que os anões vivem isolados num bosque, em meio à floresta, longe de todos, que cada um deles tem uma personalidade diferente, uma característica marcante, como os próprios nomes os descrevem: Mestre, o líder do grupo, Dengoso, o mais meigo de todos, Soneca, o mais dorminhoco e preguiçoso, Atchim, que é alérgico e vive espirrando, Feliz, que está sempre de bom humor, Dunga, que apesar de não falar, é o mais corajoso, e o Zangado, que ao contrário do Feliz, está sempre de mau humor e emburrado. Porém, certos das dificuldades que teriam em viver em sociedade, eles, por serem diferentes, escolhem morar na floresta, onde, apesar de isolados, trabalham para sobreviver e moram juntos numa cabana, sem muito conforto, organização e alegria, o que só muda com a chegada da Branca de Neve.

Vivemos numa sociedade que valoriza muito os estereótipos, na qual nos tornamos escravos de uma ditadura da beleza, em que os preconceitos nos impedem de ver a verdadeira beleza de cada um e enxergar os valores que tanto buscamos. Muitas pessoas, quando não se enquadram neste conceito de beleza padrão, acabam sofrendo com baixa auto-estima, isolando-se, tendo dificuldade de se relacionar em sociedade e de ter relações afetivas, impedindo assim a sua própria felicidade, como veremos a seguir com o exemplo do Zangado.

Podemos perceber também a importância que a madrasta da Branca de Neve dá a este conceito de beleza, uma necessidade de ser a mais bonita, a inveja que sente da enteada e até que ponto é capaz de chegar por este sentimento. Se analisarmos bem, perceberemos quantos crimes são cometidos em nossa sociedade pelos mesmos motivos.

Sobre o isolamento dos 7 anões podemos comparar a um outro problema social... Quantos portadores de necessidades especiais e nanismo vivem excluídos da nossa sociedade? Hoje, com as novas leis de inclusão social e acessibilidade, muita coisa está mudando, mas ainda estamos muito longe do ideal. Lidar com a auto-estima e a própria aceitação numa sociedade padronizada não é simples.

O Zangado é incompreendido, na verdade, ele é o mais carente dos 7 anões, não gosta de viver no isolamento e sente necessidade de amar e ser amado, mas tem medo de se entregar a este amor e sofrer uma decepção, medo de ser rejeitado e abandonado, por isso resiste tanto aos encantos da Branca de Neve. Porém, ao vê-la em perigo, é o primeiro a querer socorrê-la, por medo de perdê-la, e só depois disso é capaz de assumir que também a ama. No entanto, quando isso ocorre, ela acaba mesmo indo embora com seu príncipe encantado, mas deixando para o Zangado o aprendizado de que não devemos ter medo de amar e de nos relacionar com as pessoas, que as emoções devem ser vividas e os sentimentos demonstrados.
Quantas vezes também agimos como o Zangado negando nossos sentimentos, impedindo novos relacionamentos, pré-julgando as pessoas e impedindo nossa felicidade?

Ao nos depararmos em uma situação como esta em nosso caminho que lembremos desta história, que apesar de ser um conto de fadas e ter sido criado há muitos anos, continua bem atual, pois os problemas continuam se repetindo todos os dias. Que tenhamos consciência que os nossos comportamentos e nossa participação, ou não, na solução desses problemas sociais, são reflexos dos nossos conceitos, das nossas dificuldades intrínsecas e de diversos paradigmas da sociedade que, muitas vezes, aceitamos como verdadeiros, mas na maioria, são equivocados. Que tenhamos então a sensibilidade de parar, refletir e buscar novos caminhos para uma sociedade mais crítica, justa e humanitária.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Redes Sociais

Redes sociais são agrupamentos de pessoas que se unem por afinidades para manter relacionamentos afetivos, sociais ou profissionais, e compartilhar ideias com outros indivíduos que têm  interesses, valores e objetivos semelhantes.
As redes sociais sempre existiram, porém, com o surgimento da internet elas tiveram um grande crescimento, pois esta ferramenta tornou mais fácil a localização de pessoas e mais rápida a comunicação entre elas, favorecendo a formação de grupos homogêneos e organizados.
A cada dia que passa o número de adeptos às redes sociais aumenta. E quem participa de uma, na maioria das vezes, participa de várias, ou das principais.
Sites de Relacionamentos, como Orkut e Facebook, já se tornaram comuns, mas outros continuam surgindo...
O Linkedin vem ganhando tamanha popularidade em tão pouco tempo que logo se tornará imprescindível para quem quiser manter-se conhecido no mercado corporativo.
Skype e MSN são ferramentas básicas até mesmo durante o expediente de trabalho, facilitando a comunicação e interação de funcionários dentro da própria unidade e em diferentes filiais.
O Twitter estourou! Todos jornais, emissoras e programas de tv, empresas e celebridades aderiram à ferramenta de divulgação mais rápida do momento! Com apenas 140 caracteres você pode divulgar seu produto ou sua marca instantaneamente, ou contar a todos o que está acontecendo.
Os Blogs estão substituindo os antigos cadernos de diários e abrindo espaço para a divulgação de ideias, intercâmbio cultural e maior interação entre os participantes.

Mas você já parou para pensar qual a razão do crescimento das Redes Sociais hoje? Qual a importância dessas redes? Qual a influência que elas têm na sua vida?

Vieira*, em 2009, já dizia que as redes sociais são as grandes responsáveis pelo aumento do número de usuários de internet no Brasil, tendo em vista que essa ferramenta só passou a fazer parte efetiva da vida dos brasileiros após o surgimento dessas novas formas de relacionamento. Hoje, nove em cada dez usuários brasileiros que utilizam internet acessam sites de relacionamentos, como Orkut, ou usam ferramentas de comunicação instantânea, como MSN.  Com isso, a disseminação das redes de relacionamentos / sociais foi uma forte alavanca para o crescimento de usuários de internet no país.
Quanto à importância dessas redes, acho que os principais fatores são a facilidade de localizar pessoas e a rapidez de comunicação. Há pouco mais de uma década para nos correspondermos com alguém em outro país, dependíamos dos Correios, o que normalmente demorava cerca de 15 dias entre enviar e receber resposta (isso se a pessoa respondesse a carta no mesmo dia do recebimento). Hoje, esta comunicação pode ser instantânea, independentemente de sua localização no globo.
Agora, falando sobre as influências das redes sociais em minha vida, graças a essas redes, reencontrei amigos de infância, retomei contato com amigos que moram em outros países, revivi uma antiga paixão, consegui novas oportunidades de trabalho, conheci novas pessoas, comecei a escrever meus blogs e acredito que muitas outras coisas boas virão!

Mas apesar de todos esses aspectos positivos, não podemos perder o romantismo! Vale a pena lembrar o quanto era bom esperar pela resposta de uma carta enviada pelos correios, como é gostoso reler cartas, cartões e postais recebidos de pessoas queridas e relembrar esses momentos. Hoje, nos habituamos a ler os emails, responder e na maioria das vezes, deletar em seguida. Os cartões virtuais nem mesmo nos arriscamos a abrir por receio de ser vírus.
Devemos priorizar os encontros pessoais, que muitas vezes são substituídos pelo relacionamento virtual. Quantas vezes deixamos de sair com os amigos, mas ficamos em casa conversando com eles pela internet? Quantas pessoas conhecemos apenas no mundo virtual e nunca nos preocupamos em encontrar pessoalmente?
A tecnologia é importante e facilita nossas vidas neste mundo globalizado, mas não podemos permitir que ela acabe com o encantamento no nosso mundo real!

E para você, o que representam as redes sociais? Deixe seu comentário e participe da enquete!

Fonte:
*VIEIRA, Anderson. Twitter. Influenciando Pessoas e Conquistando o Mercado. Rio de Janeiro: Alta Books, 2009.