Eu adoro viajar! Sempre gostei de fazer as malas e conhecer lugares diferentes... pessoas diferentes... costumes diferentes... Eu tenho um propósito de pelo menos uma vez por ano conhecer um novo lugar! Mesmo que seja perto. A distância não importa. O que vale são as histórias que terei para contar a partir dali, as novas amizades que farei, as recordações que terei e as emoções que viverei ao lembrar desses momentos.
Quando viajo, eu não costumo me preocupar muito com luxo e conforto, prefiro gastar meu dinheiro com os passeios e comer bem. Não gosto de passar vontade e nem de voltar pra casa com a sensação de ter deixado de fazer algo interessante... Na verdade, não gosto de me arrepender de nada na vida! rs... Bem, mas isso já dá uma outra história que deixarei para outra ocasião... Mas voltando a falar em hospedagem, confesso que gosto de conforto sim, só não considero o fator mais importante numa viagem. Porem, não vou negar que podendo pagar, um bom hotel é sempre bem vindo! Mas apesar disso, já me hospedei desde Hotel 5 Estrelas em Punta Del Este à hospedaria simples e motelzinho de beira de estrada pelo interior de São Paulo. Comigo não tem tempo ruim... Tendo um chuveiro quente para relaxar e uma cama limpa para descansar o corpo, tá bom demais!
Agora vou contar a vocês como e quando me tornei uma alberguista!
Há muitos anos atrás, já no final do século XX... rsrs... Nossa, como é engraçado pensar que nascemos em outro século... rs. Então, fui trabalhar em uma operadora de turismo, localizada à Rua Sete de Abril, no centro velho de São Paulo, ao lado da Praça da República, e no mesmo prédio da operadora, ficava a sede da Associação Paulista de Albergue da Juventude, ou melhor, fica, porque ela está lá até hoje. Achava o máximo a idéia de viajar pelo mundo com uma mochila nas costas, conhecer pessoas de diversas partes do mundo, trocar experiências, aprender outras culturas, sair sem destino e traçar o meu roteiro conforme as oportunidades do dia... Ficava pensando nessas coisas e viajando “na maionese”, pois nessa época eu namorava e ainda andava com uma turma enorme, que aonde ia um, iam todos... Então meus hábitos nesse tempo não tinham muito a ver com a filosofia alberguista... Mas mesmo assim, diariamente, ao subir pelo elevador para o 10º andar onde eu trabalhava, ficava observando a quantidade de pessoas que ia ali fazer
Há muitos anos atrás, já no final do século XX... rsrs... Nossa, como é engraçado pensar que nascemos em outro século... rs. Então, fui trabalhar em uma operadora de turismo, localizada à Rua Sete de Abril, no centro velho de São Paulo, ao lado da Praça da República, e no mesmo prédio da operadora, ficava a sede da Associação Paulista de Albergue da Juventude, ou melhor, fica, porque ela está lá até hoje. Achava o máximo a idéia de viajar pelo mundo com uma mochila nas costas, conhecer pessoas de diversas partes do mundo, trocar experiências, aprender outras culturas, sair sem destino e traçar o meu roteiro conforme as oportunidades do dia... Ficava pensando nessas coisas e viajando “na maionese”, pois nessa época eu namorava e ainda andava com uma turma enorme, que aonde ia um, iam todos... Então meus hábitos nesse tempo não tinham muito a ver com a filosofia alberguista... Mas mesmo assim, diariamente, ao subir pelo elevador para o 10º andar onde eu trabalhava, ficava observando a quantidade de pessoas que ia ali fazer
sua carteirinha de alberguista e ficava me programando para fazer a minha no dia seguinte... Trabalhei ali mais de 1 ano e nunca entrei naquela sala...
Passados alguns anos, duas amigas me convidaram para fazer uma viagem a Buenos Aires, que já era um sonho antigo, e detalhe, para ficarmos hospedadas num albergue, que uma delas já conhecia. A proposta era tentadora, pois teria a oportunidade de realizar dois sonhos de uma vez, conhecer a Argentina e finalmente, me tornar alberguista, apesar de na verdade, já me sentir uma, mesmo sem nunca ter entrado num albergue. Mas eu sabia que iria gostar! E tratei logo de providenciar a minha carteirinha!
Milhouse Hostel
E foi assim, que partimos do aeroporto de Guarulhos, diretamente para a mais louca aventura da minha vida... rs. A Clarice, que trabalha em uma companhia aérea, nos proporcionou as passagens, porem, não tínhamos direito às reservas, se sobrassem lugares no vôo, poderíamos embarcar, isso, no feriado de 15 de Novembro de 2004. Porém, na dúvida se embarcaríamos ou não, optamos por não reservar o albergue, pois se algo desse errado, não perderíamos o dinheiro, que nada mais era que U$ 6 a diária, ficaríamos 3 noites, seriam U$ 18 por pax. Uma miséria, né? Maldita hora em que não fizemos o pagamento antecipado! Pois ao chegarmos em BUE, percebemos que além de nós 3, o resto do mundo tinha tido a mesma idéia de ir para lá naquele feriado e fim de semana, ou seja, não tinha um só lugar para ficar no albergue que planejamos, nem nos outros 2 ou 3 que procuramos, nem nos hotéis 5 estrelas ou nas espeluncas da vida... rs.
Desembarcamos as 2h30 da madrugada e rodamos de táxi a noite toda pela cidade em busca de um lugar para ficar... Ainda bem que o táxi em Buenos Aires é muuuuito barato, ou não teria sobrado dinheiro para o resto da viagem! Rodamos, rodamos, rodamos, até que o motorista do táxi nos deixou num restaurante as 7h da manhã alegando que não poderia mais continuar conosco, pois precisava dormir para pegar em outro trabalho mais tarde... Ficamos nós três e nossas malinhas pensando no que fazer... Voltar para São Paulo sem assistir ao Señor Tango e comer um bom Bife de Chorizo, jamais!! Isto estava fora de cogitação! Então, fomos caminhando e arrastando nossas malas de carrinho pelas ruas da capital argentina até o primeiro albergue de novo. Lá, deixamos a Eli cuidando de nossas coisas e saímos, eu e Clarice, em busca de um cantinho para ficarmos. Após andar muito e quase ao ponto de desistirmos, chegamos a um hotel que finalmente, tinha um quarto para três pessoas pela bagatela de U$ 200 a diária... rs. Vocês se lembram de quanto iríamos gastar se tivéssemos feito as reservas no albergue? Pois é... Mas pagamos felizes! Curtimos muito o nosso feriado, mas ainda não foi dessa vez que estreei a minha carteirinha de alberguista!
E foi nessa viagem maluca, que conheci o meu querido amigo argentino, Gustavo Favretto, com quem mantive contato durante todos esses anos, pela internet, e hoje, é nosso parceiro neste blog,.
De lá pra cá, fiz outras viagens malucas e com as mesmas amigas, acabei me hospedando no albergue de Ilha Grande.
Holandês Hostel
Não sei por que, todas as vezes que me programava para ficar num albergue, acontecia alguma coisa... No feriado que marcamos de ir para Ilha Grande choveu tanto na sexta-feira que quase desistimos de ir. Como as meninas moram em São Paulo e eu em Taubaté, combinamos de ir na sexta, assim que elas chegassem da capital, direto para Ubatuba, dormiríamos lá e partiríamos bem cedo a caminho de Angra dos Reis, de onde pegaríamos a balsa para a Ilha. Porém, com aquela chuva, achamos muito arriscado descer a serra à noite. Assim, dormimos em Taubaté e saímos no sábado cedinho, ainda com chuva...
De Taubaté à Angra, são 3 horas e ½ de viagem, mas chegando lá estava um dia lindo! Desta vez, não perderia a chance de ficar no albergue, que, detalhe, já estava pago! rs. Ainda tivemos tempo de almoçar, guardar o carro no estacionamento e fazer a travessia. Do porto ao albergue, é uma caminhadinha boa! Na Ilha, não entra carro, o que dá um charme especial aquele lugar. Chegamos cansadas no albergue, pois o caminho além de longo, tem uma boa subida, mas vale a pena, pois fica no meio de uma mata virgem, cercado pela natureza! Optamos por ficar num chalé privado, pois estávamos em três. Mas se estivesse sozinha, ficaria no quarto coletivo mesmo.
O gerente do albergue é super legal e nos recebeu com a maior atenção. Nos trocamos e fomos para a praia aproveitar o resto da tarde. Ao voltarmos, o albergue já estava cheio e em pouco tempo já conhecíamos todo mundo. Inclusive, um outro argentino, muito divertido, mas com ele não mantive contato, pois nos desencontramos na hora de ir embora e acabamos sem trocar emails... Uma pena!
Mas adorei a experiência! Ficar hospedado em albergue é a coisa mais legal deste mundo, lá o espírito é de aventura, paz e amor. As pessoas interagem-se, fazem amizades, reúnem-se, conversam sobre tudo, tocam violão, tornam-se parceiras. No albergue não há diferenças, preconceitos e nem exclusão social. Independente de onde você venha, de quem você é ou para onde você vai, você é sempre bem vindo.
Num albergue, você pode até chegar sozinho, mas com certeza, sairá de lá com muitos amigos. E foi isso que aconteceu comigo no em São Luis , no Maranhão.
Solar das Pedras Hostel
Esta história é legal! Uma viagem inesquecível!
Estava passando por uma fase difícil, com problemas no trabalho e fazendo tratamento para depressão... Um horror!
Daí, tirei férias, 30 dias, e fui viajar para espairecer um pouco... Fui para o Nordeste. Passei 10 dias em Salvador, na casa da minha amiga Márcia e de lá fui conhecer Morro de São Paulo, também na Bahia, onde fiquei sozinha por 5 dias. Depois fui para o Maranhão, pois tinha o sonho de conhecer os Lençóis Maranhenses. Planejava ficar um ou dois dias apenas em São Luis , apenas para conhecer o centro histórico. Assim, escolhi ficar no albergue, que fica no Reviver.
Chegando lá, havia apenas um rapaz hospedado, que como eu, também havia teimado em ficar lá. O Juca, advogado, de Santos, havia viajado pra lá apenas para conhecer uma namorada virtual. O conheci logo na recepção, ele estava esperando por ela para dar uma volta e conhecer a cidade e me convidou para ir junto. Como eu não tinha nada a perder, aceitei. E logo na primeira noite fiz duas amizades, ele e a Adriana.
No outro dia, ao acordar, encontrei-me com ele novamente e fomos juntos dar uma volta pelo centro, ao retornarmos no final do dia, encontramos mais um alberguista se hospedando, desta vez, era o Guilherme, também advogado, de São Paulo, que estava mudando de emprego, por isso, tirou uns dias antes de começar na nova empresa e foi viajar. Como ele também estava sozinho, o convidamos para ir assistir ao pôr do sol com a gente, e ele foi. Já éramos três.
Ao chegarmos, já à noite, encontramos mais uma hóspede chegando... Desta vez, era a Bruna, jornalista, de Santo André, que se cansou do trabalho e foi para Belém conhecer a Ilha de Marajó, onde ficou alguns dias e depois desceu de volta pra casa, mas pelo caminho, chegou a São Luis, de lá, queria conhecer o Delta do Rio Parnaíba. Ficamos hospedadas juntas, no quarto coletivo. Já éramos quatro.
E foi no terceiro dia, que chegou o Luis, um maluco, professor de idiomas, de São Paulo, chegou sozinho também. Este sim, é alberguista! Já viajou o mundo inteiro... Sempre com muito bom humor e criatividade! Foi agregado ao grupo também.
Juntos, fomos conhecer Alcântara, o lugar mais próximo da linha do Equador no Brasil, e o mais quente que eu conheci também.
E foi assim que conheci meus “amigos do Maranhão”, os Camaradas, como nos chamamos. Amigos para a vida inteira! Foi lá, em São Luís , juntos, que conhecemos “Jesus”! Quem já foi ao Maranhão sabe do que estou falando... rs.
E assim encerro, por enquanto, minhas histórias como alberguista! No momento, estou vivendo uma fase de muito trabalho e poucas oportunidades de viajar... Mas para tudo há o seu tempo, né? Espero em breve, fazer novas viagens, conhecer outros albergues e ter novas aventuras para contar!
Enquanto isso vamos viajando pela internet... rs.
3 comentários:
Caraca! Aquele por do sol na praça, em frente a estátua do Gonçalves Dias!!! Com vc foi lembrar disso?! Bons dias aqueles... Boa sorte e bons ventos para vc, "Camarada"!
E como esquecer, camarada Juca? rs. Foi demais... rs. Nunca esquecerei aquela viagem! E agora ela está registrada para todos conhecerem nossas aventuras... rs.
Adorei seu comentário! Continue participando do blog! Bjs
O que não dá para esquecer é a Lucimara estrilando de brava por causa daquele gringo tomando banho num banheiro comunitário sem porta e sem boxe!!!
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