Há dias venho tentando escrever sobre este tema que não sai
da minha cabeça... O que é verdadeiro e o que é falso no mundo em que vivemos?
O que as pessoas realmente são ou sentem e o que elas representam ser? O que há
de verdadeiro por trás da imagem que temos das pessoas? Qual é a real importância
das coisas que valorizamos, mas não possuímos?
É comum ouvir que não conhecemos uma pessoa até morarmos com
ela, ou, ao contrário disso, que podemos passar uma vida inteira ao lado de
alguém sem jamais conhecê-la de verdade...
E que basta dar poder a alguém para que a pessoa se revele. Se pararmos
para analisar todas essas afirmações são corretas! Uma para cada caso, situação
ou pessoa, mas todas verdadeiras.
Quem são realmente as pessoas com as quais convivemos? Será
que as conhecemos de verdade? Ou o que vemos são apenas as suas máscaras? Será que
não projetamos nas pessoas as nossas próprias expectativas? Somos capazes de
distinguir a verdadeira essência da imagem que construímos das pessoas com as
quais convivemos?? E se pararmos para olhar para nós mesmos, será que nos
mostramos realmente como somos para os outros? Ou também escondemos a nossa verdade,
os nossos sentimentos, anseios e sonhos?
A cada dia que passa essas dúvidas vêm martelando a minha
cabeça... São pessoas meigas e educadas que um dia se revelam barraqueiras
quando alguém pisa nos seus calos, pessoas calmas e aparentemente controladas
que estouram quando menos esperamos, pessoas que se dizem honestas e justas que
nos decepcionam quando são descobertas como verdadeiras golpistas e de mau
caráter, pessoas que se dizem amigas, mas que são as primeiras a nos virar as
costas quando mais precisamos, pessoas que juram amor eterno perante a igreja,
mas que em pouco tempo estão traindo, brigando na justiça pela guarda dos
filhos, pela divisão dos bens ou, no pior dos casos, até mesmo acabam na prisão
por matar o cônjuge...
Enfim, qual o momento ideal ou o que precisa acontecer para
realmente enxergarmos quem está ao nosso lado? O que podemos esperar do outro?
Ou de nós mesmos? Pois muitas vezes nos surpreendemos até com as nossas
próprias atitudes...
O que é verdadeiro e o que é falso nesta vida? O que é real
e o que é ilusão? Não sei... Só sei que a vida é breve, que o tempo voa, que
precisamos valorizar os momentos que nos proporcionam alegria, que tornam o
nosso dia melhor, pois é a simplicidade de cada detalhe que faz a vida valer a
pena! Não podemos deixar que uma decepção nos impeça de viver e de acreditar
nas pessoas, não adianta lamentar o que passou, guardar mágoa, querer se vingar
ou fazer justiça com as próprias mãos... Precisamos confiar nas pessoas e nos
fatos que vivenciamos no dia a dia, viver cada momento com intensidade e ser
feliz com o que temos no presente, pois o que vier é lucro! E se houver prejuízo,
que pelo menos nos sirva de aprendizado... O que não podemos é perder as
esperanças de dias melhores e muito menos a fé na vida e nas pessoas, porque se
tudo isso é real ou imaginário um dia saberemos...
Enquanto isso, verdadeiro, para mim, é o momento em que
vivemos, é aquilo que sentimos, que nos faz sorrir ou chorar, mas que toca a
nossa alma e faz a vida acontecer! O resto, que é falso, realmente não me
interessa...
3 comentários:
O que é real e o que não é? Eis a questão... Só o tempo dirá ou não. Saudade de tú, Lú!! Beso, moça bonita.
Pois é, meu querido Vaccari, só o tempo mesmo... O conceito de realidade é muito pessoal, o que é verdadeiro para um pode não ser para o outro... Também estou com saudade! Obrigada pela visita no blog! Grande beijo!
Sobre comportamento, tudo é uma questão de ponto de vista, é até por isso que se costuma distinguir o público do privado, pois o homem público precisa fazer inúmeras concessões mais do que quando em sua privacidade. Acho muito difícil que exista uma pessoa sequer que aja exatamente da mesma forma como lhe é cobrado na vida pública e como lhe é permitido na vida privada; o ponto de vista é que: se a pessoa prefere se sentar a mesa de chapéu em casa, em minha opinião, nada lhe impede que o faça, contanto que não faça em público, pois há convenções, por mais tolas que sejam, que não lhe permitem tal "arrogância". Mas acho que é tudo uma questão de compreensão do comportamento alheio, sem necessariamente ter que assimilar comportamentos aversos a nossa cultura e índole; eu mesmo, como paulistano e neto de italianos, já passei por poucas e boas quando me mudei pra terra de Lobato, isso porque não intendia a cultura diferente da minha em que estava sendo inserindo; foi uma questão de tempo para entender e me adaptar aos novos comportamentos, sociais e privados, assimilando algumas que me pareciam interessante e deixando de lado o que não me agradava muito.
Quanto ao modo de viver, inclusive com essas diferenças, penso que só é possível sem muita expectativa, pois o que esperamos quase nunca nos vem, e o que nos surpreende já mais esquecemos.
Até, Lucimara!
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