domingo, 24 de abril de 2011

Mudança de Hábito

Viver para comer ou comer para viver? Você já parou para pensar se come apenas o suficiente para viver ou se vive comendo em excesso? Se os seus hábitos alimentares são saudáveis? Se está satisfeito com a sua alimentação e com o seu corpo? Em como está a sua saúde? Já ouviu dizer que somos o resultado daquilo que comemos?

Pois é, de uns tempos pra cá essas questões começaram a ficar cada vez mais presentes na minha cabeça. E por isso resolvi tomar uma decisão e partir para uma mudança de hábito, com uma reeducação alimentar. Confesso que não é fácil, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças como imaginava antes de começar! E descobri que para emagrecer não é necessário passar fome, mas inevitável passar vontade... O que é difícil controlar, mas possível! Com muita determinação, estou conseguindo atingir meu objetivo.

O mais engraçado de tudo isso é perceber o quanto estamos condicionados a sair para comer. Você já reparou como a gente sempre tem que comer ou beber alguma coisa quando chegamos a qualquer lugar? Pode ser uma visita a um amigo ou parente, quando é comum nos servirem, pelo menos, um pedaço de bolo com café, uma reunião de negócios, que normalmente é marcada em um restaurante ou num café, um treinamento ou workshop, onde sempre rola um coffee-break, um encontro com os amigos, acompanhado de alguns chopps e umas belas porções, uma simples voltinha no shopping, para compras, que sempre acaba na praça de alimentação, um cineminha, com um belo saco de pipocas, um programinha de fim de semana com o namorado, cujo destino, muitas vezes, é uma pizzaria, uma festa de aniversário ou casamento, neste caso, então, melhor nem comentar, e até mesmo num velório, onde sempre tem um chá com bolacha, enfim, seja lá qual for o motivo do evento social, sempre haverá comes e bebes. O difícil é dizer não a eles... Então, muitas vezes é mais fácil dizer não aos convites sociais... Pelo menos na fase inicial, caso não queria sofrer influências para boicotar o seu regime! Convencer as pessoas que você não vai comer é a parte mais chata desta mudança, pois elas não entendem que só um copo ou só um pedacinho fará toda a diferença... Afinal, é por abrir uma exceção, e aceitar só um pouquinho, ou, por deixar para começar a dieta na próxima segunda-feira, que muitas vezes o regime vai por água a baixo! A partir do momento que decidimos mudar nossos hábitos temos que ter determinação para não desistir e seguir em frente!

Uma reeducação alimentar não incide em passar fome, mas sim em adquirir hábitos saudáveis ao se alimentar e comer na hora certa. E claro, aprender a dizer não.

Uma mudança de hábito é uma decisão pessoal, seja lá em qual for a área... Não adianta você tentar convencer uma pessoa a mudar os seus costumes de uma hora para outra, isso tem que partir dela própria, ainda mais se for em relação à alimentação... Se não estiver pronta para isso, ela pode até não comer perto de você, mas virando as costas, atacará a primeira guloseima que encontrar pela frente.

Lembre-se que cada um tem suas necessidades, seus anseios e o seu momento, por isso, o seu tempo e sua vontade devem ser respeitados. Não é porque você decidiu mudar os seus hábitos que todos a sua volta devem fazer o mesmo, ou porque os outros fazem que você deve fazer, mas se optar por esta mudança, jamais permita que a opinião dos outros te impeça de seguir em frente!

Acredite, o esforço vale à pena e o resultado é gratificante!

domingo, 10 de abril de 2011

Dia 07 de Abril de 2011

O que está acontecendo com os nossos jovens?

Você que acompanha este blog deve se lembrar que uns 10 dias antes do massacre ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, Rio de Janeiro, eu escrevi sobre as minhas dúvidas em relação às pessoas que se incomodam tanto com as outras... Na ocasião, até citei o caso de bullying ocorrido na Austrália naquela semana... Mas se você ainda não leu este post, ele foi publicado no dia 27/03/11  e está disponível no arquivo do blog a sua disposição.

Hoje eu pergunto: Quando poderíamos imaginar que poucos dias depois assistiríamos a uma tragédia desta proporção? E ainda mais aqui no Brasil, tão perto de nós? Por quê? O que leva um jovem de apenas 23 anos cometer uma atrocidade dessa? Se é verdade que ele também foi vítima de bullying, naquela escola, o que de fato aconteceu que o marcou tanto assim para querer se vingar desta maneira? E por que contra aqueles jovens inocentes que ele nem mesmo conhecia? E por que contra meninas?

Bem, esta tragédia realmente nos desperta a curiosidade para entender o motivo de tudo isso... Mas mesmo que encontremos essas respostas, não mudará o fato e nem trará essas crianças de volta... Porém, levantar esses questionamentos pode nos ajudar a observar melhor o comportamento dos jovens e procurar soluções para evitar que isso volte a se repetir... Acho incrível como após acontecimentos como estes, sempre as pessoas mais próximas comentam que o assassino tinha um comportamento esquisito e dava sinais de que estava planejando algo... E por que ninguem faz nada? Por que esses sinais não são valorizados até que o pior aconteça?

Há quase um ano, eu li um livro, muito bom, que fala sobre um caso semelhante, "Precisamos Falar Sobre Kevin", de Lionel Schriver, uma autora americana, que tive o prazer de conhecer na FLIP. O livro conta uma história fictícia, mas baseada em fatos reais, já que nos EUA, esses crimes acontecem com maior frequência, ele conta a história da mãe do assassino, uma mulher bem sucedida, que a princípio não queria ter filhos, mas que resolve ter para agradar ao marido, porém, desde o nascimento do bebê, ela percebe o comportamento esquisito do filho, só que o marido não a leva a sério. Uns 10 anos depois ela volta a engravidar, desta vez de uma menina, que sofre na mão do irmão... Até o dia em que ele coloca em prática o seu plano, assassinando diversas pessoas na escola onde estudava... Agora, se você quiser saber como termina esta história, terá que ler o livro... Mas fiz questão de citá-lo neste post, pois este livro conta o outro lado, da mãe, que sofre tanto quanto as mães das vítimas, por não entender o motivo do filho ter se tornado um monstro e também por ser julgada pela sociedade como responsável pela atitude do filho... Já no caso do Wellington Menezes de Oliveira, ele já não tinha mais os pais adotivos e nem a mãe biológica, mas convivia com irmãos e colegas que também o achavam estranho...

Minhas dúvidas neste caso, são: Como, nós, leigos, podemos perceber no nosso dia-a-dia características destes psicopatas? Como podemos tratar essas pessoas caso a identifiquemos em nossa família ou em nosso meio social? Como podemos evitar que tragédias como estas voltem a se repetir?

Algo precisa ser feito! Por mais que esses casos venham se repetindo pelo mundo, não podemos aceitá-los  como normais...

Que Deus nos abençoe!

domingo, 3 de abril de 2011

O ser humano se acostuma com tudo na vida...

Hoje acordei pensando nisso e resolvi escrever a respeito...

Desde a minha adolescência até poucos anos atrás a minha vida social foi bem agitada, muitos amigos, vários eventos, shows, baladas de quinta a domingo, cervejadas, encontros em botecos, viagens... Onde estivesse rolando um agito, lá estava eu... Tinha uma necessidade imensa de estar onde o povo estava... De participar de tudo e de não perder nada... Estava tão acostumada a essa correria toda que nem me cansava, achava normal, fazia parte da minha vida!

Porém, com o passar dos anos o meu ritmo foi mudando... Fui cansando dos lugares lotados, parei de ir aos shows, preferindo comprar o DVD da banda e assistir em casa, deitadinha na minha cama, bem mais confortável que aquelas arquibancadas lotadas... rs... Parei de viajar nos feriados, porque cansei dos congestionamentos nas estradas, as longas horas ao volante... Depois parei de viajar nos finais de semana também, após uma semana exaustiva de trabalho, estou preferindo ficar em casa e descansar... Hoje viajo só em ocasiões especiais ou quando sinto que estou precisando fugir de tudo e espairecer um pouco... Baladas, sair para dançar, muito pouco... Mas o legal é que não sinto falta! Ficar em casa nos finais de semana, o que antes era o fim do mundo, hoje se tornou um prazer para mim! E algo que eu achava que jamais me acostumaria já se tornou um hábito! Estranho é o fim de semana que eu saio... rs.

E é justamente por isso que resolvi falar sobre o assunto, porque ontem eu saí... Saí só para fazer o social, pois não poderia deixar de comparecer ao aniversário de um grande amigo... Fui exclusivamente por ele, não por mim... Não que eu estivesse disposta a passar a noite na rua... Nada disso! Na verdade, estava uma chuvinha gostosa e convidativa para ficar na cama, embaixo do edredom, lendo um bom livro... Programinha, aliás, que eu ADORO!!! Chuva e livro é uma combinação perfeita para mim... rs. Bem, mas voltando a falar da festa, eu sabia que reencontraria pessoas queridas e que no final seria divertido... Então me arrumei e fui, achando que cumpriria o meu papel e voltaria cedo. Mas para minha surpresa, chegando lá eu me animei a tal ponto que fiquei até a casa fechar, revi meus amigos, dancei a noite toda, nem vi o aniversariante ir embora... Fiz amizade com o pessoal da banda, saí de lá sem voz e cheguei em casa depois das 5h da manhã... E hoje, ao acordar, agradeci a Deus por ter ido, pois valeu à pena!

Essa máxima, de que o ser humano se acostuma como tudo na vida, como todos nós sabemos, é uma verdade, tanto nos acostumamos com uma vida agitada, quanto nos acostumamos a ficar em casa, tanto nos acostumamos a trabalhar, cumprir horários, como a ficar parados e não ter hora pra nada, tanto nos acostumamos com luxo e conforto, como a uma vida mais modesta, tanto nos acostumamos a malhar, como a levar uma vida sedentária, tanto nos acostumamos a comer muito, como a comer de maneira mais regrada numa reeducação alimentar, tanto nos acostumamos a ter uma vida a dois, com alguém ao nosso lado, como a viver sozinhos, tanto nos acostumamos com a liberdade, como à prisão, tanto nos acostumamos com sexo, bebidas, cigarros, drogas, como à abstinência de tudo isso...

O que eu quero dizer é que não é porque temos uma rotina que não podemos sair dela de vez em quando... Ou para quem se acostumou no vício, que não possa sair dele... Quero dizer que mudar os nossos hábitos, às vezes, pode ser bem legal e prazeroso, pois na verdade, o que realmente importa na vida é ser feliz! E só nós mesmos sabemos o que nos proporciona felicidade, por isso, não precisamos seguir os padrões da sociedade ou imitar os costumes alheios, mas encontrar o nosso próprio caminho para atingir este objetivo. Porém, ouvir um conselho amigo e nos esforçarmos para mudar os costumes, às vezes, pode valer à pena! Não custa nada tentar... Melhor que passar a vida toda reclamando e não fazer nada para mudar... Além de vivermos tristes e insatisfeitos, ainda aborreceremos os outros que convivem conosco. Então, se é para nos acostumarmos com algo na vida, que seja ser feliz!