domingo, 3 de novembro de 2013

Parar é uma consequência ou uma necessidade?

Domingo, para mim, é o dia da liberdade! O dia em que a gente está totalmente livre para escolher entre fazer qualquer coisa que a gente gosta ou simplesmente não fazer nada. E nesta condição eu estava aqui parada, mas ao mesmo tempo querendo fazer alguma coisa que eu ainda não sei bem o que é... Talvez, até terminar este texto eu descubra... Espero. Mas enquanto isso vou tentar colocar o Tico e o Teco para pensar...

Se tudo na vida nos impulsiona a seguir em frente, a aprender sempre mais, a adquirir novas experiências, novas vivências, a otimizar o tempo, a produzir cada vez mais, a exercitar, enfim, a não ficarmos parados, porque de uma hora para a outra paramos?

Entre todas as nossas atividades encontramos aquelas que nos dão prazer e outras que fazemos apenas por obrigação, ou por necessidade. Infelizmente, nem todo mundo trabalha naquilo que gosta, ou até gosta do que faz, mas não gosta da empresa, do ambiente, dos colegas, das condições de trabalho, ou do próprio chefe, e está ali apenas porque precisa do emprego. Uma minoria até gosta do faz, mas muitas vezes se sente cansado e com vontade de parar, ou pelo menos diminuir o ritmo.

Por outro lado, todos nós temos liberdade para fazer aquilo que gostamos nas horas vagas, após o trabalho ou nos finais de semana e feriados, como viajar, ler, praticar alguma atividade física, cantar, dançar, fazer arte, pintar ou bordar, enfim, atividades individuais ou em grupo, mas algo que nos dá satisfação, que renova as nossas energias, que nos faz sair da rotina.

Parar de fazer o que não gostamos é compreensível, mas normalmente não é o que fazemos... Se pararmos para analisar perceberemos que é mais comum parar algo que gostamos, que fazemos apenas por satisfação e não por obrigação, a aquilo que gostamos.

A minha pergunta é: Se gostamos tanto de alguma coisa, porque de uma hora para outra paramos de fazer? Não seria mais lógico parar o que não gostamos e darmos continuidade aquilo que nos dá prazer? Provavelmente, a sua resposta seria SIM, mas nem sempre o lógico é o mais fácil.

Tudo o que fazemos por obrigação é para atender a uma necessidade, indiferente de ser econômica, social, psicológica, pessoal, cultural, enfim, por qualquer motivo ou situação que nos leve a nos sentirmos obrigados a fazer aquilo. Então continuamos fazendo, mesmo que isso nos cause insatisfação, cansaço ou mesmo estresse.

E é neste momento que paramos, não de fazer o que não gostamos, mas aquilo que a gente mais gostava de fazer, mas que devido ao estresse não temos mais disposição para continuar fazendo... E é aqui que está o nosso erro, porque neste caso estamos deixando a nossa vida, os nossos sonhos e interesses de lado... E recomeçar é sempre mais difícil! E em alguns casos, quando envolve outras pessoas, é bem mais complicado, para não dizer impossível.

Então, se parar é uma necessidade, para pensar, que sempre estejamos dispostos a recomeçar! Mas se é uma consequência, de algo que não vai bem, que estejamos mais atentos para as coisas que estão nos desanimando para que elas não nos levem a parar aquilo que tanto gostamos de fazer!

No início do texto eu esperava descobrir o que estava me incomodando, algo que inconscientemente eu já queria voltar a fazer, mas que não estava muito claro para mim... Agora, ao finalizar o texto e concluir este pensamento eu posso afirmar que era justamente escrever! Pois expressar o que eu penso e sinto é o que mais me satisfaz, mas que infelizmente não tenho conseguido fazer com a mesma frequência de antes.  

Um dos motivos que nos levou a criar este blog era ter uma atividade que nos tirasse do estresse do dia a dia, por esta razão não posso permitir que o estresse me impeça de escrever!  Outro, era provocar reflexão nos leitores, então espero que este texto sirva para você refletir e identificar aquilo que pode te levar a parar antes que isso aconteça! Agora, se parar é inevitável, pare, mas antes de tudo, pense em você e em sua vida!





2 comentários:

Frederico Salmi, autor do livro 'Por Pessoas Melhores' (colaborador do blog Tangram das Ideias) disse...

Estamos sempre em fluxo, sempre em movimento, só mudamos de dinâmica. O ato de "parar" na verdade trata-se de mais uma outra forma de denominar um estado específico da dinâmica da vida. Porque nessa vida, estamos sempre seguindo em frente!

Lucimara Fernandes disse...

Realmente, Fred, a vida é um ciclo... quando encerramos uma fase iniciamos outra...
bjs