Domingo, para mim, é o dia da liberdade! O dia em que a gente
está totalmente livre para escolher entre fazer qualquer coisa que a gente
gosta ou simplesmente não fazer nada. E nesta condição eu estava aqui parada,
mas ao mesmo tempo querendo fazer alguma coisa que eu ainda não sei bem o que
é... Talvez, até terminar este texto eu descubra... Espero. Mas enquanto isso
vou tentar colocar o Tico e o Teco para pensar...
Se tudo na vida nos impulsiona a seguir em frente, a
aprender sempre mais, a adquirir novas experiências, novas vivências, a otimizar
o tempo, a produzir cada vez mais, a exercitar, enfim, a não ficarmos parados,
porque de uma hora para a outra paramos?
Entre todas as nossas atividades encontramos aquelas que nos
dão prazer e outras que fazemos apenas por obrigação, ou por necessidade. Infelizmente,
nem todo mundo trabalha naquilo que gosta, ou até gosta do que faz, mas não
gosta da empresa, do ambiente, dos colegas, das condições de trabalho, ou do
próprio chefe, e está ali apenas porque precisa do emprego. Uma minoria até
gosta do faz, mas muitas vezes se sente cansado e com vontade de parar, ou pelo
menos diminuir o ritmo.
Por outro lado, todos nós temos liberdade para fazer aquilo
que gostamos nas horas vagas, após o trabalho ou nos finais de semana e
feriados, como viajar, ler, praticar alguma atividade física, cantar, dançar,
fazer arte, pintar ou bordar, enfim, atividades individuais ou em grupo, mas
algo que nos dá satisfação, que renova as nossas energias, que nos faz sair da
rotina.
Parar de fazer o que não gostamos é compreensível, mas
normalmente não é o que fazemos... Se pararmos para analisar perceberemos que é
mais comum parar algo que gostamos, que fazemos apenas
por satisfação e não por obrigação, a aquilo que gostamos.
A minha pergunta é: Se gostamos tanto de alguma coisa,
porque de uma hora para outra paramos de fazer? Não seria mais lógico parar o
que não gostamos e darmos continuidade aquilo que nos dá prazer? Provavelmente,
a sua resposta seria SIM, mas nem sempre o lógico é o mais fácil.
Tudo o que fazemos por obrigação é para atender a uma
necessidade, indiferente de ser econômica, social, psicológica, pessoal,
cultural, enfim, por qualquer motivo ou situação que nos leve a nos sentirmos
obrigados a fazer aquilo. Então continuamos fazendo, mesmo que isso nos cause
insatisfação, cansaço ou mesmo estresse.
E é neste momento que paramos, não de fazer o que não
gostamos, mas aquilo que a gente mais gostava de fazer, mas que devido ao
estresse não temos mais disposição para continuar fazendo... E é aqui que está
o nosso erro, porque neste caso estamos deixando a nossa vida, os nossos sonhos
e interesses de lado... E recomeçar é sempre mais difícil! E em alguns casos, quando
envolve outras pessoas, é bem mais complicado, para não dizer impossível.
Então, se parar é uma necessidade, para pensar, que sempre estejamos
dispostos a recomeçar! Mas se é uma consequência, de algo que não vai bem, que estejamos mais atentos
para as coisas que estão nos desanimando para que elas não nos levem a parar
aquilo que tanto gostamos de fazer!
No início do texto eu esperava descobrir o que estava me
incomodando, algo que inconscientemente eu já queria voltar a fazer, mas que
não estava muito claro para mim... Agora, ao finalizar o texto e concluir este
pensamento eu posso afirmar que era justamente escrever! Pois expressar o que
eu penso e sinto é o que mais me satisfaz, mas que infelizmente não tenho
conseguido fazer com a mesma frequência de antes.
Um dos motivos que nos levou a criar este blog era ter uma
atividade que nos tirasse do estresse do dia a dia, por esta razão não posso
permitir que o estresse me impeça de escrever! Outro, era provocar reflexão nos leitores,
então espero que este texto sirva para você refletir e identificar aquilo que
pode te levar a parar antes que isso aconteça! Agora, se parar é inevitável,
pare, mas antes de tudo, pense em você e em sua vida!
2 comentários:
Estamos sempre em fluxo, sempre em movimento, só mudamos de dinâmica. O ato de "parar" na verdade trata-se de mais uma outra forma de denominar um estado específico da dinâmica da vida. Porque nessa vida, estamos sempre seguindo em frente!
Realmente, Fred, a vida é um ciclo... quando encerramos uma fase iniciamos outra...
bjs
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