domingo, 29 de julho de 2012

Razões e emoções

Às vezes me pergunto quem realmente controla o nosso corpo, o cérebro ou o coração? Por que esperamos um paciente terminal ter morte cerebral para constatar o falecimento se em muitos casos o coração só funciona ligado aos aparelhos? E se o coração parar de enviar sangue para o cérebro ele também vai parar, certo? E se ele parar a vida se extingue do corpo. Então, como avaliar estes dois órgãos vitais?

O cérebro é aquela coisa cinzenta, divida em dois lados... Só poderia mesmo representar a razão, o equilíbrio... E a constatação da morte.

Já o coração, aquela bola vermelha e pulsante, representa as nossas emoções... E a presença da vida!

E quem, verdadeiramente, controla a nossa vida, a razão ou a emoção? Sei que a resposta ideal para esta pergunta seria “o equilíbrio” entre as duas... Mas manter o equilíbrio entre a razão e a emoção, quando se trata de um caso de amor, não é uma tarefa fácil... Se por amor tudo vale a pena qualquer atitude tomada sem base na razão torna-se justificável, não é mesmo?

Não há razão que justifique amar uma pessoa. Não escolhemos quem amar. Não acredito que somos capazes de aprender a amar alguém. O amor simplesmente acontece. Ou não.

E o amor é um sentimento sublime. Na verdade, indefinível...

Falar sobre vida e morte, razões e emoções, e sobre amor pode parecer simples, pois todos nós passamos por isso... Mas cada um tem a sua opinião e, ao mesmo tempo, todos têm uma ideia generalizada do que é certo ou errado para a sociedade em que vivemos... Daí vem os comentários e julgamentos pelos atos alheios... Porque julgar o outro é fácil, difícil é avaliar o próprio comportamento e fazer as próprias escolhas.

E até que ponto vale à pena escolher “o certo” se esta escolha te fará sofrer? Só para ficar livre dos julgamentos? Só para corresponder às expectativas da sociedade, dos amigos ou da família? E você, como ficará com esta decisão sabendo que deixou de viver a sua história de amor por receio de enfrentar as suas consequências? Haverá outra chance?

Como diz o ditado “a vida é curta”, por isso não podemos perder a oportunidade de ser feliz! E, em minha opinião, escolha certa é aquela que me faz feliz! Contanto, é claro, que não cause infelicidade de outros, pois a felicidade é um direito de todos. E ninguém é feliz semeando tristeza.

E é justamente aqui que voltamos à dúvida inicial, se é tão difícil chegar ao ponto de equilíbrio, o que devemos deixar falar mais alto, a razão ou a emoção? Acredito que “entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena” (como diz a música do NX Zero), afinal, quando se trata de amor, tudo vale à pena!


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