Todos nós sabemos que o homem foi criado para viver em sociedade, pois desde o nascimento depende do outro para sobreviver. Mas também é fato que o homem vive um busca de sua liberdade. Uma liberdade que, se analisada, está mais perto da ilusão que da realidade.
O que a realidade nos mostra é que o homem está sempre em busca de algo ou alguém para se completar ou ser feliz. Porém, não acredito que existam almas gêmeas, mas sim, almas afins, que se realizam ao se encontrarem por terem os mesmos gostos, interesses e objetivos.
Por outro lado, acho que a busca do homem vai muito além de encontrar ou não um parceiro nesta caminhada, mas sim de encontrar um verdadeiro sentido para esta vida ou para a sua própria existência.
Eu acredito que não viemos neste mundo a passeio, que todos nós temos uma missão nesta vida, que estamos aqui em busca de um novo aprendizado, de outra experiência, que contribuirão para a nossa evolução.
E para chegar à evolução precisamos vivenciar tudo isso, nos relacionar, trocar experiências, conviver com as pessoas, sentir na pele todas as emoções, nos colocar no lugar do outro, observar as reações das pessoas, aprender a ceder, a nos doar ao outro, precisamos aprender a amar!
Amar ao próximo como a nós mesmos, assim como Jesus nos ensinou.
Acredito que o que nos falta é aprender a amar e a ser livre ao mesmo tempo, amar e dar liberdade ao outro, amar e acreditar no amor, acreditar que o amor sempre trará de volta um amor verdadeiro.
E como identificar um amor verdadeiro no meio de uma população de mais de 7 bilhões de pessoas? Por que tantas vezes nos sentimos sozinho em um planeta superlotado? O que fazer para encontrar a pessoa certa para vivenciar esta experiência conosco? Onde achar respostas para tantas dúvidas que nos atormentam diariamente?
Não sei. Infelizmente, ainda não sei. E é por isso que escrevo, para buscar dentro de mim as respostas que ainda não encontrei no mundo, para compartilhar as minhas angustias, para provocar reflexões em outras pessoas que talvez possam me ajudar a esclarecer às minhas próprias dúvidas...
Mas enquanto essas respostas não vêm, eu me baseio em minhas convicções para encontrar algum sentido para tudo isso...
E, tentando responder as minhas próprias perguntas, acredito que identificamos um verdadeiro amor pelo olhar, pela cumplicidade, pelas emoções, pela paz e pela confiança que sentimos na presença um do outro. Acho que a sensação de solidão que muitas vezes sentimos é porque ainda não encontramos alguém que possa nos entender apenas com um simples olhar. Agora, o que fazer para encontrar a pessoa ideal neste planetinha, super hiper mega lotado, eu ainda não sei... Às vezes, acho que já o encontrei, mas eu perdi. Outras vezes, acredito que a vida o tirou de mim. Pode ser, também, que ele tenha passado despercebido porque ainda não era a hora certa para a gente se encontrar. Ou, quem sabe, ele ainda não tenha chegado? Não sei...
A única coisa que eu sei é que continuarei nesta busca, de algo ou alguém, que, de alguma maneira, faz parte da minha missão.