domingo, 10 de março de 2013

O Poder dos Ditadores


Esta semana, com a morte de Hugo Chávez, e o drama da população venezuelana com a perda de seu chefe de estado, eu me lembrei da manifestação do povo norte-coreano, em 2011, com a morte de Kim Jong-il, e de tantos outros ditadores amados pelo seu povo... Como, inclusive, Adolf Hitler...

Não estou aqui para defender ou criticar qualquer regime político e suas consequências... Mas para refletir sobre a necessidade de um povo em ter um líder político à frente das decisões de seu país de maneira totalitária. E porque a perda desses líderes provoca tanto sofrimento na população? Dias de velório, dor, sofrimento e lágrimas, muitas lágrimas...

O que leva esta população a sentir falta de alguém que a impedia de ser livre? De fazer as suas próprias escolhas, de expressar seus pensamentos, de dar sua opinião, de seguir seu próprio caminho, enfim, de viver de forma democrática?

Será a comodidade de ter alguém que decida por ela? Insegurança de fazer as próprias escolhas? Medo da liberdade? Receio do que virá pela frente? Ou medo de se manifestar contra o sistema?

Será que todo aquele sofrimento é mesmo verdadeiro ou parte da imposição de um regime ditador que exige manifestações como essas para fortalecer o seu poder sobre a massa?

Qual o objetivo de se parar um país durante vários dias para velar um defunto? Qual a necessidade de embalsamar este corpo para ficar exposto por toda a eternidade?

Quais os valores desta população para transformar um líder ditador em ídolo? Ou pior, em “quase” um santo?

E o que esperar para o futuro desta população?

Infelizmente, encerro este texto apenas com questionamentos para os quais não encontrei respostas, pois acredito que, por pior que possa ser a situação de um país, a liberdade de seu povo ainda é o principal caminho para o seu desenvolvimento e a única forma de alguém se sentir pleno, realizado e feliz.

Lembrando que ditador é, entre outras definições, “aquele que é arrogante e quer impor a sua vontade aos outros custe o que custar”, fica, para reflexão, mais uma questão: Que poder é este, dos ditadores, que continua agindo mesmo após a sua morte?